23.2.10

Ele.

Não aguentava mais seus pensamentos e dúvidas lhe devorando. Veloz, tudo que aspirava viu distanciar, aos poucos todo alicerce também desmoronava, por quê? Perguntava sem êxito. Tentava culpar a tudo e a todos, e por consequência acrescentava mais inimigos, mais pouco importava. Tentava também culpar a Deus, mesmo não o conhecendo o suficiente para tal acusação.
Na sua vida idolatrou poucas coisas e poucas pessoas, e o resto, com todo perdão da palavra, era indiferente. Não entendia como aquelas pessoas conseguiam acomodar com suas vidas, nem mesmo cobiçar algo novo. Sentia medo, medo de tornar-se como eles, de ser julgado por eles, medo do seu futuro e por isso no presente sentia impotente.
Viver era inevitável, sabia ele, e mesmo que uma parte de si era vontade, outra parte era medo.

2 comentários:

  1. UAU, esse texto é de sua autoria?
    muito bom mesmo :)
    adorei o blog; te seguindo!
    se der, retribua a visita?
    http://kastone.blogspot.com/

    beijos:**

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  2. Muito bom o texto, adorei a composição, a forma , estilistica, ta de parabens.

    retribui? ;D

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