9.11.11

Pelos Dias


Não vão se perder pelos dias nem tua pedra azul, teu carinho cor de infinito, nem o que foi dito, ou mesmo o não dito – teu charme maldito, teu olhar de desdém – tudo tem um pouco de impossível, esse teu verbo terrível, esta mania de ser uma ousadia, tua coragem eloqüente, tua finesse doente, tua bronca, teus gritos, tua boca. me tirou dos trilhos o brilho do teu olhar, teu carinho e jeito de me chamar. não vão se perder pelos dias, eu juro, teu mistério, teu choro mudo e sério, teu peito terno, teu desejo etéreo de calma, tua alma anarquista, teu olhar futurista, teu jeito absoluto, teus humores putos, tua fé resoluta, tua conduta. me desculpa as filosofias, mas elas também, não vão se perder pelos dias.
Mônica Montoro

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